Ao pé do ouvido




Não é crônica, não é nada pensado, é tudo sentimento. Acontecimento. Coisas minhas.

Hoje, quando eu quebrei o pé, era como se passasse pela minha cabeça um turbilhão de coisas. E eu chorei de dor, quando na verdade ela nem vinha tanto dos meus pés. E então eu consegui um pretesto pra "molhar o rosto". As vezes é preciso ser fraco, ser mais mole, inseguro. E é bom que eu aprenda isso...
Cheguei em casa, ainda chorando, e minha mãe me "colocou no colo". Caramba, eu precisava disso!
A Rafaela foi a melhor, meu pai não parava quieto, minha mãe tentava me distrair, o médico me fazia rir, o segurança queria ser médico, e eu queria guardar todo mundo num potinho. Queria fotografar mentalmente tudo aquilo. E ao mesmo tempo, queria ir pra minha casa, pras minhas coisas.
A tarde recebi visita da Rafa, que quer muito me engordar (apesar de lembrar que eu amo chá gelado), e do Gui, que ganhou o troféu fofo do dia.
Bom, falei isso tudo, pra que seja mais fácil entender: tenha amigos! De verdade. Tenha quantos puder e quanto mais melhor.
Eu não consigo dar um passo sozinha agora com essa porcaria no meu pé. E aí você (nesse caso eu) vê que não adianta de nada a independência, a arrogância de ser tão dona de si.
Resolvi ser menos eu. Mais leve.
E eu precisei sentir dor na carne para ver que a minha alma não dói nada, ela é bem cuidada! Tenho quem faça isso por mim.

Obrigada. Obrigada. Obrigada. Eu amo vocês.

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