O que chamo de amor



Cada pessoa vê o amor de um jeito.
Eu enxergo do mesmo jeito que enxergava aos sete anos, jogando dominó com meu pai. É um jogo! Mas eu não queria ganhar. E também não era boba, não queria perder. Era simplesmente parceria, troca. A arte de ceder! Eu sabia quando ele ia dar aquele sorriso de "ganhei", porque algumas vezes eu deixava. E com certeza, quando o sorriso era meu, ele tinha seus méritos também.
E então, o amor é confiança. Foi assim quando meu pai me ensinou a nadar. Eu até tive medo, mas afinal, ele não ia deixar nada de ruim acontecer. E então eu me jogava, e ele me segurava. E se eu me afogasse, tudo bem. Ele estaria ali.
Acho que amor é isso mesmo. Se jogar! Ter medo, porque ninguém é de ferro. Mas acima de tudo, confiar. Acreditar!
Amor não é competição, poker, não é interrogatório, prisão. É segurar a mão e fazer companhia. É ficar, quando você tem que ficar..E ir embora, quando estar sozinho se faz necessário.
É liberdade, porque ninguém é feliz na gaiola. É divisão, adição, multiplicação, mas nunca subtração.
Amor mesmo é quando você não precisa de ninguém, mas está ali porque quer, porque gosta. Fica ali porque ele tem um sorriso lindo e faz o melhor café do mundo. Porque o sexo é bom, é tranquilo, é igual maré. E cinco minutos depois é furacão. E aí você vai ficando, porque a conversa é boa e ele te entende. Fica, porque não existe beijo igual. E quando a conversa se alonga, você enxerga os defeitos escondidos atrás da caneca e da janela suada. Ele fala de boca cheia, é desorganizado, esquecido, maluco. Não, ele não é perfeito!
E agora, sabe o que é realmente amor
? É quando ainda assim você quer ficar. E fica.

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