He's back

Ainda não contei pra ninguém sobre nós. Sobre você ter voltado, sobre as Stellas, sobre o mirante as três da manhã ou sobre o quanto isso mexeu comigo. Deve ser mais uma proteção minha, ou mais um medo. Deus, como eu sou medrosa!
Eu queria poder falar aqui tudo o que tu querias que eu falasse aquele dia. Só queria, porque não vou. Eu já disse uma vez, e aprendi a só repetir depois que a poeira baixar. Viu como eu mudei em um ano?
Nossa, já!? Mês que vem faz um ano que eu quebrei o pé e implorava pra ligarem pra ti. Um ano da formatura de jornalismo. Um ano que bebi Stella com sorvete de morango. Doze meses que eu te conheço e quase isso que não te via. Não parece loucura?
Quando eu disse que tudo tinha ficado exatamente do jeito que tu deixou, era pra você acreditar. Era pra entender também, se não fosse pedir de mais.
Entenda que ninguém tomou o teu lugar. Entenda que eu não abri vagas pra isso, e que ainda é o mesmo sentimento de quase doze meses atrás. Entenda que você me machucou e que por isso eu não te digo mais o quanto és importante do mesmo jeito que falava antes. Se não puder entender, só faça o que eu fiz esse tempo todo: tente.
Enquanto você tenta, saiba que eu tenho muito orgulho das suas decisões. E que eu tenho agora, gravado na minha cabeça, tudo o que tu me disse, enquanto eu te olhava muda naquele mirante, ou seja lá o que aquilo for (além do "nosso lugar"). Sei que você foi sincero em tudo que disse e, mais uma vez, tenho orgulho disso.
Enfim, que bom que você está de volta. Você sabe que eu vou estar aqui pra tudo, não sabe?
Pra tudo. Pra sempre.



E pra você, Bob Dylan: