Vinte anos, serão sempre vinte anos
- Po, cara, assim não dá. - Entrou no apartamento, chutando vento, indignado. Não deixou ninguém perguntar e saiu respondendo.
- Como eu posso namorar alguém que não sabe quem é Ferris Bueller? Como alguém pode, nesta vida, não saber o que é Curtindo a Vida Adoidado?
Eduardo tinha 28 anos, barba na cara, diploma na parede e uma carreira promissora. Conheceu Amanda semanas atrás, em uma festa estranha com gente esquisita. E embora ela não fosse Mônica e aquilo não fosse uma música do Legião, eles conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer. Ela parecia madura, ele parecia infantil. Combinação perfeita. Ela queria curtir a vida, ele se apaixonar. E foi o que deu. Ele se apaixonou e surpreendentemente ela também.
Com o tempo, foram surgindo os problemas. Ela tem 19 anos, é da geração pós-Backstreet Boys. Tudo bem aguentar as garotas na nossa época que gostavam de BsB, NSync e Hanson. Agora aturar essa geração colorida é dose. As vezes imagino como Marcelo Camelo aguenta a Mallu Magalhães. Ossos do ofício! Ninguém entende mesmo o coração...
- Calma, Edu, calma. Por que você não compra uma coleção de dvd's e a apresenta ao fim dos anos 80?
- Se fosse só isso era fácil. Ela me olha como um ET quando falo em Pogobol, Walk Machine e Comandos em Ação. Ela simplesmente não conhece Thundercats, Ursinhos Gammy e os malditos Muppets. Como se conversa com uma mulher assim? Mulher não, menina!
Todo mundo citou sua melhor frase de consideração e apoio. Nada adiantava, ele estava decidido. Sub-20 nunca mais!
Guga, que estava calado até então, degustando uma cerveja Duff, manifestou sua opinião e deu um tapinha nas costas de Eduardo.
- Vinte anos, serão sempre vinte anos. Não se esqueça disso, meu amigo.
- Como eu posso namorar alguém que não sabe quem é Ferris Bueller? Como alguém pode, nesta vida, não saber o que é Curtindo a Vida Adoidado?
Eduardo tinha 28 anos, barba na cara, diploma na parede e uma carreira promissora. Conheceu Amanda semanas atrás, em uma festa estranha com gente esquisita. E embora ela não fosse Mônica e aquilo não fosse uma música do Legião, eles conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer. Ela parecia madura, ele parecia infantil. Combinação perfeita. Ela queria curtir a vida, ele se apaixonar. E foi o que deu. Ele se apaixonou e surpreendentemente ela também.
Com o tempo, foram surgindo os problemas. Ela tem 19 anos, é da geração pós-Backstreet Boys. Tudo bem aguentar as garotas na nossa época que gostavam de BsB, NSync e Hanson. Agora aturar essa geração colorida é dose. As vezes imagino como Marcelo Camelo aguenta a Mallu Magalhães. Ossos do ofício! Ninguém entende mesmo o coração...
- Calma, Edu, calma. Por que você não compra uma coleção de dvd's e a apresenta ao fim dos anos 80?
- Se fosse só isso era fácil. Ela me olha como um ET quando falo em Pogobol, Walk Machine e Comandos em Ação. Ela simplesmente não conhece Thundercats, Ursinhos Gammy e os malditos Muppets. Como se conversa com uma mulher assim? Mulher não, menina!
Todo mundo citou sua melhor frase de consideração e apoio. Nada adiantava, ele estava decidido. Sub-20 nunca mais!
Guga, que estava calado até então, degustando uma cerveja Duff, manifestou sua opinião e deu um tapinha nas costas de Eduardo.
- Vinte anos, serão sempre vinte anos. Não se esqueça disso, meu amigo.
Aposto que cada um ali naquela sala interpretou a frase de uma forma diferente. Até hoje não sei se aquilo foi um incentivo ou uma crítica.
Enfim. Eduardo e Amanda continuam juntos, até quando não se sabe. Nós, amigos, fizemos uma grande lista de coisas que ela precisava conhecer. Ela sempre ávida por informação assimilou quase tudo, mas nem sempre de uma maneira boa. Esses dias recebi uma mensagem dela no celular, perguntando que filmes Lily Allen tinha feito. Ela não estava achando nada de Allen para baixar.
Mais uma vez, ossos do ofício!
