A Mesma História



Você percebe que está atolado de amor até o pescoço, quando prefere esquecer o casaco em casa em um dia frio de inverno a esquecer o celular. Você se dá conta de que a pessoa é importante, quando sua agenda não é mais comandada só por você e seus convites para sair vêm no plural. Quando antes de dormir, você liga para dar boa noite e quando acorda, lembra de olhar o celular.  Você descobre para quê realmente serve o domingo e vê a real importância do tempo livre na sexta-feira.  
Você sabe que precisa estudar na quinta à noite, mas quem liga pra isso?! Você está com saudade. Que vá pro inferno essa droga de vestibular! Aliás, deveria existir cota para apaixonados. Acho bem digno.
E não pense que amor é só frufru. Amar é sentir ciúme, odiar ex ficantes, ex namoradas, perguntar com quem está, a que hora chegou, como estava... Mas acima de tudo, é acreditar nas respostas.  É preocupar-se com a alimentação, com falsas amizades, com excesso de bebida, com excesso de velocidade e com todos os outros excessos possíveis.  
Mas, acho também, que nada disso sobrevive por muito tempo sem um retorno. Se entregar e não receber um sentimento a altura em troca, se chama amor platônico. E de amor platônico, eu não entendo nada. Não sei nem falar, quem dirá viver! Não sei e não quero. Odeio sentimentos ingratos.
Outro fator importante do amor é o valor que se dá a ele. Normalmente, precisamos perder para enxergar o quanto aquilo ali pode fazer falta. 
E essa história eu já li, já vi, já vivi. E ainda que você não assuma, também já viu. 
Posso tentar escrever a mesma história duas vezes, mas não admito que elas tenham o mesmo final.  Não dessa vez!

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