Jogos de Amor



Estar tranquila, aqui no meu ranking, vem antes de batata frita e viajar. Não sei viver me equilibrando em corda bamba, nem gosto de altos e baixos. Não sei viver relações por um fio e muito menos pisar em ovos. Não aprendi a me conformar com as coisas e também não gosto da sensação de que posso perder o que amo a qualquer momento.
Gosto de ir dormir sabendo de quem eu sou e mais ainda de acordar com a certeza de que vai ser assim o dia inteiro, a vida toda. Ainda que não seja tão fácil quanto parece.

Esses “jogos de amor” ficam muito lindos em filmes Hollywoodianos, com Ashton Kutcher fazendo piadinhas em Las Vegas. Comigo seria Maria do Bairro, estrelado por alguma atriz ruim do SBT, fazendo drama na Paraíba. O ápice do cafona! 
Acho tão inútil brincar de cão e gato! E se fosse só inútil tudo bem, mas é cansativo de mais. É desgastante, sem graça, infantil e arriscado. É quase um barco furado. E como todo barco furado, o destino é um só: afundar. 
Então seja prático. Você quer receber mensagem no celular? Que tal enviar primeiro?! Quer vê-lo no domingo, mas ele não convida? Que dó. E você, o convidou? Quer namorar, mas a história não sai da primeira linha? Faça por onde!

A vida é curta e o mundo é grande de mais. Enquanto você cobra caro por uma imagem de pedra sem emoção, tem gente oferecendo sem custo amostra grátis de atenção e carinho. E a vida deixou de ser justa faz tempo, meu amigo. Ou você nada, e nada muito pra não morrer afogado, ou senta e espera o barco virar casinha de peixe. 
Nesse caso, eu fico com a primeira opção. Nado por que por você vale apena nadar e porque essa tranqüilidade toda a que me refiro, só existe contigo. 

Postagens mais visitadas